Ver o que é Bom
Ver o que é Bom
Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. 1 João 2:16.
Muitos anos atrás, a Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia estudou cuidadosamente o assunto da educação visual. Foi adotada uma afirmação de princípios e normas de seleção de filmes, e em harmonia com as solicitações da comissão, o Departamento de Jovens divulgou um folheto contendo os princípios diretrizes, sob o título “Cinema”.
No final do documento, foi acrescentado um pequeno artigo do Pastor F. Nichol, sobre os perigos da televisão. O Pastor Nichol, homem respeitado por sua idoneidade e equilíbrio, relata nesse artigo a experiência de uma senhora adventista, sem filhos em casa, que morava em Nova Jersey. Ele registrou o seguinte desabafo dessa nossa irmã: “A televisão praticamente arruinou minha leitura, e eu gostava de ler. Eu lia quatro e até cinco livros por mês. A leitura foi sempre o principal interesse de minha vida, e a televisão reduziu isto a praticamente nada.”
Lamentavelmente, a sala de leitura foi substituída pela sala de TV. É mais cômodo ver do que pensar. Não que a televisão seja uma coisa ruim. O problema, como todos sabemos, reside na falta de critério seletivo. Se os olhos forem concupiscentes, por certo não se deleitarão em coisas nobres. Preferirão os rios das baixadas, e não os do planalto. Afirma Ellen White: “Muitos dos divertimentos populares no mundo hoje, mesmo entre aqueles que pretendem ser cristãos, propendem para os mesmos fins que os dos gentios, outrora.” – O Lar Adventista, pág. 515.
A Bíblia é um código de higiene mental. Embora ela apresente e descreva, sem rodeios, as fraquezas humanas, seu propósito é inspirar o homem a pensar nas coisas que são do alto. A Bíblia exalta o olhar da águia, que contempla as alturas e se deleita em horizontes largos. Já o urubu só olha para a carniça. A expressão é dura, mas os olhos concupiscente se deleitam em carniça disfarçada de perfume.
O colírio, de que fala Apocalipse 3:18, não apenas nos habilita a ver a “vergonha da [nossa] nudez”, mas também anula o prazer de contemplar o que não edifica o caráter. Quando nos convertemos, os olhos, os ouvidos, as mãos e a mente também se convertem. Não temos mais prazer nas obras da carne.
Pensamento para Reflexão:
O verdadeiro cristão é um lírio no pântano deste mundo.