Enxaqueca

07-05-2012 11:16

 

Enxaqueca

Pergunta: Desde a infância, sofro de dores de cabeça muito fortes, que meus pais dizem ser enxaqueca. Como minha mãe tem dores semelhantes, gostaria de mais informações a respeito dessa doença.

Resposta: A enxaqueca, também conhecida como migrânea, é uma síndrome dolorosa. Tem como característica principal a dor de cabeça, em geral de um lado só, mas que pode mudar de lado em outras crises. Trata-se de dor pulsante de média a alta intensidade, podendo ser acompanhada de náuseas ou vômitos. É uma dor de cabeça
diferente em forma e intensidade das outras dores de cabeça. A pessoa pode apresentar ainda intolerância à luz, som alto, cheiro ou movimentos na crise de dor.

Alterações visuais (vista embaçada, vaga-lumes), sensações de cheiro e fraqueza costumam preceder as crises, eventos chamados de “aura”. Assim que a vista começa a voltar ao normal, ou passa o cheiro, a dor de cabeça propriamente dita começa a se instalar.

A doença é mais freqüente entre as mulheres e muito relacionada à herança genética. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a dor estivesse ligada com a dilatação dos vasos sanguíneos do cérebro, mas hoje acredita-se que ela ocorra em função de um distúrbio da química neuronal.

 

 Em geral, o tratamento da enxaqueca consiste de medidas preventivas e tratamentos medicamentosos para as crises. São recomendáveis para reduzir a incidência: relaxamento físico e mental; sono tranqüilo de oito horas por noite; alimentos saudáveis; horário rotineiro; ambiente silencioso; exercícios diários para aliviar as tensões.

Aos primeiros sintomas, o paciente deve tomar medidas que possam suavizar o fator desencadeador, como: massagem cervical; uso de compressas frias, mornas ou
quentes; repouso (em geral, uma ligeira soneca pode ajudar); evitar ambientes ruidosos, movimentados, com cheiros fortes ou com muitas pessoas.

Como as crises tendem a ser intensas, o tratamento costuma incluir medicamentos analgésicos (via oral ou injetáveis). As drogas vão desde a dipirona, até antiinflamatórios, passando por algumas específicas, como naratriptano. Em crises freqüentes (acima de três a quatro por mês), passa-se a usar medicamentos preventivos, como betabloqueadores, flunarizina e amitriptilina. O uso de medicamentos, no entanto, deve ser orientado por um neurologista ou um clínico-geral, pois a escolha precisa levar em conta o paciente e o histórico familiar e da doença.